Estudo descobre que as estatinas reduzem a inflamação das gengivas
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Por Serena Gordon
Repórter do HealthDay
Quarta-feira, 2 de outubro (HealthDay News) -- As estatinas que você toma para o coração podem ter um benefício colateral inesperado: elas ajudam a reduzir a inflamação das gengivas, de acordo com uma nova pesquisa.
Usando técnicas avançadas de imagem, os pesquisadores puderam ver que quando as pessoas com doenças gengivais tomavam doses mais altas dos medicamentos comumente prescritos para baixar o colesterol, a inflamação das gengivas diminuía.
Durante o estudo de 12 semanas, os pesquisadores também procuraram evidências de inflamação ou endurecimento dos vasos sanguíneos (doença aterosclerótica) nos voluntários do estudo e descobriram que a redução da inflamação das gengivas estava correlacionada com a melhoria da saúde dos vasos sanguíneos .
"Há um corpo crescente de literatura que traça uma linha entre a doença gengival e a doença aterosclerótica. Em nosso estudo, os benefícios nas gengivas se correlacionaram com os benefícios nas artérias ", disse o autor sênior do estudo, Dr. Ahmed Tawakol, co- diretor do Cardiac Imaging Trials Program do Massachusetts General Hospital e da Harvard Medical School em Boston. "Pessoas com [doença da gengiva] e doença aterosclerótica provavelmente deveriam ser muito mais vigilantes no tratamento da doença da gengiva".
O estudo foi publicado online em 2 de outubro no Journal of the American College of Cardiology . O financiamento foi fornecido pelo fabricante de medicamentos Merck and Co., que não produz a estatina usada neste estudo.
Atualmente, as estatinas são prescritas para diminuir os níveis elevados de colesterol "ruim" , também conhecido como colesterol LDL . Quando há muito colesterol LDL , ele pode começar a se acumular nas paredes dos vasos sanguíneos, levando ao endurecimento das artérias.
Nos Estados Unidos, mais de 30 milhões de pessoas tomam estatinas e até 200 milhões de pessoas em todo o mundo tomam esses medicamentos para baixar o colesterol , de acordo com um editorial de jornal que acompanha o estudo. A doença periodontal (ou doença gengival) afeta quase metade dos adultos dos EUA.
De acordo com o autor editorial Dr. Michael Blaha, diretor de pesquisa clínica do Johns Hopkins Ciccarone Center for the Prevention of Heart Disease em Baltimore, um "fluxo consistente de dados" mostra que as estatinas têm benefícios além de suas propriedades de redução do colesterol.
“Existem três grandes categorias de como as estatinas provavelmente exercem seus efeitos: redução do LDL , redução da inflamação e modulação da placa”, disse Blaha.
O estudo atual dá suporte à ideia de que as estatinas podem reduzir a inflamação. Incluiu 83 adultos que tinham fatores de risco para, ou já tinham, aterosclerose . Eles foram aleatoriamente designados para tomar 10 ou 80 miligramas de uma estatina chamada atorvastatina (marca Lipitor ) por três meses.
Todos foram submetidos a exames de imagem no início do estudo, novamente após quatro semanas e depois em 12 semanas.
No final do estudo, os investigadores tinham dados completos sobre 59 pessoas. Eles encontraram uma redução significativa na inflamação da gengiva para as pessoas que tomaram 80 mg de atorvastatina em comparação com aquelas que tomaram a dose de 10 mg. As mudanças começaram quatro semanas depois que as pessoas começaram a tomar o medicamento de dose mais alta.
Houve uma redução mais significativa na inflamação da gengiva para pessoas que tiveram doenças gengivais mais graves no início do estudo e tomaram uma dose mais alta de estatina. Os pesquisadores também descobriram que uma redução na inflamação das gengivas se correlacionava com a redução da inflamação dos vasos sanguíneos.
“Foram realmente aqueles que tomaram as estatinas em doses mais altas que tiveram o benefício”, observou Tawakol. Mas, "eu não recomendaria o uso de estatinas fora das diretrizes atuais", acrescentou. "Vemos este ensaio mais como um ensaio de prova de princípio. Nossas descobertas precisam ser confirmadas em um ensaio clínico maior .", ao comprar cytotec
Ainda assim, disse ele, há pouco mal em dizer às pessoas para cuidar da doença gengival. "Pacientes com doença cardíaca conhecida e doença gengival conhecida devem ter sua doença gengival avaliada e tratada", disse Tawakol.
Blaha concordou que é muito cedo para mudar as diretrizes práticas para o tratamento de fatores de risco para doenças cardíacas ou para doenças das gengivas.
Ainda assim, "este estudo e outros semelhantes têm implicações tremendas", disse Blaha. "Nunca tivemos um medicamento que funcionasse tão bem e para tantos grupos diferentes de pacientes.
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